Piauí volta a registrar seca-extrema em parte de seu território após sete anos - Vitória Imperial

Piauí volta a registrar seca-extrema em parte de seu território após sete anos

 A combinação de calor intenso, baixa umidade do ar e ausência de chuvas agravou os níveis de seca em diferentes regiões

Foto: Reprodução

O Piauí enfrenta um dos períodos mais críticos dos últimos anos. Dados do boletim da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), divulgados nesta quarta-feira (17), apontam que o estado voltou a registrar seca extrema em parte de seu território, situação que não ocorria desde julho de 2018.

A combinação de calor intenso, baixa umidade do ar e ausência de chuvas agravou os níveis de seca em diferentes regiões. Atualmente, 39% do território piauiense está classificado em seca extrema, 45,2% em seca grave, 14,5% em seca moderada e 1,3% em seca fraca.

De acordo com o levantamento, a seca grave se expandiu nas regiões Centro-Norte e Sudoeste, enquanto no Sudeste a situação passou de grave para extrema. Os impactos, no entanto, são considerados de curto prazo, embora já tragam reflexos preocupantes para a população, agricultura e meio ambiente.

A intensificação da seca também eleva os riscos de queimadas. Mesmo com a proibição do uso do fogo em áreas de vegetação até outubro, o Piauí já contabiliza 101 focos de calor e 63 focos de fogo apenas nesta quarta-feira (17). Pelo menos 40 municípios foram afetados, incluindo áreas populosas como Teresina, Uruçuí, Oeiras e Bom Jesus. Também foram registrados eventos críticos em cidades como Jardim do Mulato, Regeneração, Santa Filomena, Ribeiro Gonçalves, Amarante e Landri Sales.

Previsão do tempo sem chuvas

A Semarh prevê que a situação de estiagem deve se manter até pelo menos o dia 21 de setembro, com ausência de chuva significativa em praticamente todo o estado. A umidade relativa do ar tende a permanecer em níveis críticos, podendo cair abaixo dos 20% durante as horas mais quentes do dia.

As temperaturas máximas devem ultrapassar os 36°C a 37°C em grande parte do interior, podendo chegar a 38°C e até 40°C em áreas de menor altitude. A combinação de calor extremo, tempo seco e ausência de instabilidades atmosféricas aumenta o risco de desconforto térmico, agravamento de problemas respiratórios e incêndios em áreas rurais.



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