A estatística e o movimento monárquico: Ações que devem ser realizadas
A ESTATÍSTICA E O MOVIMENTO MONÁRQUICO: AÇÕES QUE DEVEM SER REALIZADAS
Mesmo que alguns ainda considerem impensável ou até um retrocesso, é inegável que o movimento monarquista cresceu e ocupa, a cada ano, mais espaço no debate público. Desde que falar sobre monarquia deixou de ser um tabu ou mesmo um ato ilegal, o movimento teve saltos importantes em momentos decisivos: em 1993, com o plebiscito, e em 2013, quando as grandes manifestações populares reacenderam o questionamento sobre a eficiência das instituições republicanas. Eu mesmo, que por muito tempo fui adepto da causa separatista, ao me debruçar com mais cuidado sobre a história do país, acabei me tornando monarquista em meados de 2017-2018. Ao analisar a trajetória do Brasil, percebi que a monarquia oferecia não apenas estabilidade, mas também uma continuidade institucional que falta à República.
Vivemos em um Estado ainda desorganizado, marcado por sucessivos escândalos de corrupção e pela falta de mecanismos realmente eficazes para equilibrar os Poderes. Nesse contexto, compreende-se por que cada vez mais pessoas — em especial jovens — se aproximam da ideia da monarquia. Ela aparece não apenas como uma alternativa política, mas como um fator de estabilidade, continuidade e unidade, capaz de mitigar os efeitos da corrupção e servir de norte em um país tão diverso e, muitas vezes, fragmentado em suas demandas e problemas.
No entanto, embora seja perceptível que a simpatia pela monarquia tenha aumentado desde o plebiscito de 1993, ainda enfrentamos uma grande dificuldade: a ausência de métricas claras que nos mostrem a dimensão real desse crescimento. O último dado relevante é de 2017, quando o Instituto Paraná Pesquisas entrevistou pouco mais de duas mil pessoas e concluiu que 1 em cada 10 brasileiros apoiava a restauração monárquica. Esse número, embora expressivo interessante, certamente poderia revelar surpresas se pesquisas mais amplas fossem conduzidas, como um censo de amostra.
Como estudante de Ciência Política, entendo que metrificar opiniões e posições políticas não é apenas uma curiosidade acadêmica, mas uma necessidade estratégica para qualquer movimento que almeje relevância nacional. A política moderna é movida por dados, números e estatísticas que orientam não apenas campanhas eleitorais, mas também a construção de narrativas e a captação de novos simpatizantes. Sem pesquisas confiáveis, o movimento monárquico caminha no escuro, guiado apenas pela percepção de crescimento em redes sociais ou em eventos pontuais. É preciso ir além: levantar informações regionais, faixas etárias, classes sociais e níveis de escolaridade que mais se mostram receptivos à causa. Só assim será possível criar uma estratégia clara e eficaz, evitando esforços dispersos e construindo uma comunicação que fale diretamente ao coração e à razão de quem mais pode se identificar com a monarquia.
A monarquia, portanto, mais do que uma lembrança distante dos livros de história, pode se firmar como uma proposta concreta de futuro. Mas, para alcançar esse patamar, não basta apenas crescer em entusiasmo ou conquistar espaço em debates digitais; é necessário estruturar o movimento em bases sólidas, pautadas no conhecimento científico, na pesquisa social e em estratégias políticas consistentes. A restauração monárquica, se desejada por uma parcela significativa da população, não ocorrerá por acaso, mas pelo esforço coordenado de transformar simpatia difusa em apoio organizado. Cabe a nós, monarquistas, compreender que um projeto de nação exige mais do que emoção: exige planejamento, paciência e visão de longo prazo. Se soubermos alinhar idealismo com pragmatismo, talvez a monarquia deixe de ser vista apenas como uma alternativa improvável e passe a ser encarada como um caminho viável para garantir ao Brasil estabilidade, continuidade e unidade em meio à incerteza.
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