ENTREVISTA COM O SECRETÁRIO-GERAL PATRICK KOUARK - Vitória Imperial

ENTREVISTA COM O SECRETÁRIO-GERAL PATRICK KOUARK

 ENTREVISTA COM O SECRETÁRIO-GERAL PATRICK KOUARK

 Patrick Kouark, Secretário - Geral do Diretório Monárquico do Brasil
 


Nesta edição especial, Raimundo Feitosa, do Vitória Imperial, conduz uma entrevista com Patrick Kouark, Secretário-Geral do Diretório Monárquico do Brasil, que compartilha suas reflexões sobre os desafios, as divisões e o verdadeiro espírito da causa monárquica no cenário nacional.

Raimundo Feitosa: Patrick, ser monarquista é atender a um chamado para contribuir com a restauração do Império do Brasil. Mas por que existe tanta discordância entre os próprios formadores de opinião da causa monárquica?

Patrick Kouark: Essa é uma questão sensível e real. Ser monarquista, de fato, é mais do que defender uma forma de governo: é assumir um compromisso com a história, a identidade e o futuro do Brasil. No entanto, é inevitável que, dentro de qualquer movimento com raízes profundas e visões amplas, surjam divergências, especialmente quando falta um senso de centralidade na missão. Alguns acabam priorizando suas próprias interpretações ideológicas em vez de se unirem em torno da Família Imperial, que é a legítima depositária do ideal monárquico no Brasil. A discordância nem sempre é negativa, mas quando se torna disputa de ego ou projeto pessoal, enfraquece a causa.

Raimundo Feitosa: Como você vê os debates entre monarquistas sobre o futuro do Brasil?

Patrick Kouark: Vejo com prudência. Debater é importante, desde que seja feito com espírito construtivo e respeito mútuo. O problema surge quando o debate vira palco de vaidades ou se reduz a disputas ideológicas partidárias. A monarquia é uma instituição que transcende partidos, justamente porque se coloca como fator de unidade nacional. O futuro do Brasil, sob uma monarquia constitucional, precisa ser pensado com elevação de espírito, e não com o sectarismo da política de ocasião.

Raimundo Feitosa: Esses debates contribuem com a adesão de novos monarquistas ou acabam confundindo, fazendo parecer que ser monarquista é tomar um lado político?

Patrick Kouark: Infelizmente, muitos se afastam do ideal monárquico justamente por não entenderem sua neutralidade institucional. Quando os debates internos se tornam tóxicos ou polarizados, passam a impressão equivocada de que ser monarquista é estar alinhado a esta ou àquela corrente política. Isso é um desserviço ao movimento. A monarquia, quando bem explicada, encanta, une e educa. Mas quando é distorcida por paixões políticas, afasta os que mais precisamos conquistar: os indecisos, os jovens e os cidadãos cansados da instabilidade da república.

Raimundo Feitosa: Sabemos que o monarquismo não está vinculado a partido político. Uma pessoa sendo de esquerda, direita ou centro pode ser monarquista. Na sua opinião, por trás desses debates, não está justamente a velha paixão pela política partidária que ainda habita o coração dos brasileiros, fazendo-os esquecer de levantar, com fidelidade, a bandeira monárquica inspirada na Família Imperial do Brasil?

Patrick Kouark: Sim, é exatamente isso. O Brasil vive há mais de 130 anos sob uma república que estimulou a divisão, a desconfiança e a paixão partidária. Essa cultura contaminou até parte dos monarquistas, que acabam reproduzindo os mesmos vícios que a monarquia justamente vem curar. O verdadeiro monarquista não está à serviço de um partido, mas do Brasil. Deve espelhar-se na Família Imperial, que jamais se prestou ao partidarismo, e entender que nossa missão não é vencer debates ideológicos, mas restaurar um modelo que garanta estabilidade, continuidade e unidade nacional. Enquanto estivermos mais preocupados em defender correntes políticas do que a Coroa, estaremos atrasando nossa própria causa.

A entrevista com Patrick Kouark, Secretário-Geral do Diretório Monárquico do Brasil, deixa claro que ser monarquista vai muito além de uma posição política: é um compromisso com a continuidade histórica, com a estabilidade institucional e com o futuro do Brasil. Em tempos de incerteza e divisão, a monarquia surge não como um retorno ao passado, mas como uma alternativa viável e elevada para unir o país em torno de valores permanentes.

Agradecemos a participação de Patrick e reiteramos o convite a todos os brasileiros que desejam compreender mais profundamente essa causa nobre. O Brasil tem raízes imperiais, e nelas pode reencontrar a grandeza que lhe foi negada.

Vitória Imperial segue firme na missão de informar, unir e fortalecer o ideal monárquico. Até a próxima!

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