Corrupção sistêmica: A Influência da monarquia na ética pública
CORRUPÇÃO SISTÊMICA: A INFLUÊNCIA DA MONARQUIA NA ÉTICA PÚBLICA
Durante o período imperial brasileiro, embora não se possa afirmar a inexistência de corrupção, a estrutura política e social criada por Sua Majestade o Imperador e a Família Imperial Brasileira impôs mecanismos que dificultavam a proliferação dos escândalos. A responsabilidade moral e o prestígio da monarquia incentivavam um ambiente em que o serviço público era encarado com seriedade, e a accountability tinha um papel fundamental na manutenção da ordem.
A centralização moderada do poder na figura do Imperador, junto ao controle da nobreza e das instituições, permitia maior supervisão das ações governamentais, dificultando que interesses privados se sobrepusessem ao bem comum. Além disso, a figura da Família Imperial Brasileira representava um símbolo de integridade e estabilidade, estabelecendo padrões éticos que permeavam o serviço público.
No século XXI, entretanto, o Brasil enfrenta um grave problema de corrupção sistêmica, alimentada por fragmentações políticas e pela ausência de uma liderança unificadora e respeitada. A dispersão do poder e a multiplicidade de interesses tornam difícil a fiscalização e o combate efetivo a práticas corruptas, afetando diretamente a confiança da população nas instituições.
O legado da monarquia oferece um referencial importante: a necessidade de construir uma cultura política pautada na ética, no respeito às instituições e na responsabilidade pública. A volta a um modelo que valorize a figura do poder moderador, com uma liderança que transcenda interesses imediatos, pode ser uma resposta eficaz para reduzir a corrupção e fortalecer a governança no Brasil contemporâneo.
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