TIRANDENTES: A MENTIRA, PARTE II

TIRADENRES: A MENTIRA PARTE II

A construção da figura de Tiradentes como um mártir da liberdade no Brasil, foi especialmente e exclusivamente após a o golpe de estado que culminou com a proclamação da república em 1889, foi esta, uma estratégia deliberada para tentar criar uma identidade nacional unificada e inspiradora. A República então encomendou a transformação de Tiradentes em uma espécie de ícone cristão, semelhante a Jesus Cristo, enfatizando seu sacrifício e sua luta contra a suposta opressão da Coroa Portuguesa.

Esse processo teve como grande objetivo mostrar uma glorificação de sua imagem como um herói que entregou sua vida pela liberdade do povo brasileiro. A figura de Tiradentes foi adornada com características messiânicas, apresentando-o como um símbolo de esperança e redenção. Sua execução foi retratada como um martírio, e sua história foi contada de maneira a ressoar com os supostos valores republicanos de justiça e liberdade.

Essa "cópia" de Jesus Cristo não apenas serviu para tentar legitimar a nova ordem republicana, mas também para promover um certo 'sentimento' de pertencimento e orgulho nacional entre os cidadãos. Ao elevar Tiradentes a esse status sagrado, a república buscou consolidar uma narrativa que pudesse unir o povo em torno dos ideais de liberdade e autonomia, mesmo que essa construção fosse mais uma construção política falsa do que uma representação fiel da realidade histórica.

E, lembramos que, na ausência de estadistas com ideias republicanos, os governos ditatoriais que sucederam a monarquia, no desespero de mostrar legitimidade, encomendaram nomes que figurassem como 'heróis nacionais', fato vergonhoso, afinal a monarquia nos deu nomes como José Bonifácio, os irmãos André e Antônio Rebouças, Maria Quitéria, Joaquim Nabuco e tantos outros nomes de louvores.

E a república? Bem, mas, é que... Não tem!

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