Em meio a pedido de reformas, Brasil quita contribuições à ONU e outros organismos internacionais
Fonte: CNN Brasil
O governo federal quitou as contribuições do Brasil à Organização das Nações Unidas (ONU) e a outros organismos internacionais. Foram pagos R$ 1,3 bilhão desde o início deste ano até esta terça-feira (24), de acordo com os ministérios do Planejamento e das Relações Exteriores. Pagamentos ao orçamento da ONU, no valor de R$ 448,8 milhões, representam cerca de um terço do total despendido.
Isso inclui recursos para o orçamento regular, as missões de paz e o Mecanismo Residual Internacional para Tribunais Penais. “Com os pagamentos, o Brasil passa a integrar grupo seleto de países que estão plenamente em dia com suas obrigações financeiras na ONU, em um momento em que a organização enfrenta dificuldades de liquidez", diz nota divulgada pelos ministérios. "A quitação dos compromissos reflete o sólido apoio do país aos mandatos da ONU e ao multilateralismo, e decorre de esforço iniciado em 2023, quando, apenas no que se refere a missões de paz, foi pago mais de R$ 1,1 bilhão, em função de passivo acumulado desde anos anteriores". Ao longo do ano, o Brasil também quitou as contribuições junto à: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização dos Estados Americanos (OEA), Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). “Ao honrar suas contribuições a organismos internacionais, o Brasil não apenas fortalece sua presença no cenário global, mas também reafirma seu compromisso com o multilateralismo e com a cooperação internacional”, também diz a nota do governo federal. https://www.youtube.com/watch?v=ybKHVRwTsjY Negociações A avaliação é que, com os pagamentos em dia, o Brasil pode manter melhores condições de negociações nesses organismos internacionais.
Embora o Brasil também reforce o compromisso com essas instituições e o multilateralismo, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não tem deixado de reforçar o pleito de reformas amplas, especialmente na ONU.
No próprio discurso na Assembleia Geral da ONU, nesta semana, Lula afirmou que, “prestes a completar 80 anos, a Carta das Nações Unidas nunca passou por uma reforma abrangente”. Uma reforma no Conselho de Segurança da ONU é ainda um dos principais pleitos do governo brasileiro.
Apesar de ser um pedido antigo e apoiado por outros grupos de países, uma reformulação de poderes de membros e funcionamento não tem previsão nem expectativa real de acontecer. https://stories.cnnbrasil.com.br/politica/x-pode-voltar-entenda-acao-que-pede-ao-stf-desbloqueio-da-plataforma/
Nenhum comentário