Raimundo Feitosa do Vitória Imperial entrevista o Secretário-Geral do Diretório Monárquico
Com grande satisfação, Raimundo Feitosa, do canal Vitória Imperial, recebe hoje Patrick Santos, Secretário-Geral do Diretório Monárquico do Brasil. Nesta entrevista especial, Raimundo expressa sua alegria em conversar com uma das vozes mais firmes e influentes do movimento monárquico nacional, que tem se destacado pela seriedade, coerência e dedicação à causa da restauração da Monarquia no Brasil.
Vitória Imperial: Em que momento da sua vida você percebeu que a monarquia não era apenas um interesse histórico, mas um chamado de vida e missão?
Patrick Santos: Eu percebi isso muito cedo, quando comecei a estudar profundamente a história do Brasil e vi que as raízes dos nossos problemas estavam na ruptura institucional de 1889. Com o tempo, entendi que não era apenas uma questão de preferência política ou nostalgia, mas uma missão. Senti que era meu dever lutar pela restauração da dignidade histórica do Brasil e pela reconexão entre o povo e suas verdadeiras tradições.
Vitória Imperial: Como foi seu primeiro contato com a ideia monárquica e quais foram as primeiras leituras ou experiências que marcaram essa descoberta?
Patrick Santos: Meu primeiro contato foi através da curiosidade por entender o passado do Brasil além do que a escola ensinava. Ao pesquisar sobre D. Pedro II e o Império, fui impactado pela grandeza de sua figura, pela estabilidade política e pelos avanços daquele tempo. Obras sobre o Segundo Reinado e a Proclamação da República foram fundamentais, assim como as biografias de figuras centrais do Império, mas comecei precisamente em 2014.
Vitória Imperial: Muitos jovens hoje se perdem em causas passageiras. O que te faz permanecer firme e convicto na defesa da monarquia, mesmo diante de tanta resistência e incompreensão?
Patrick Santos: O que me mantém firme é o senso de responsabilidade histórica. Eu sei que estou defendendo algo que não é uma moda, mas uma causa que carrega séculos de tradição e provas concretas de sucesso. Além disso, minha convicção vem da análise racional: a Monarquia funcionou, a República falhou repetidamente. Não é uma questão de opinião, mas de fatos.
Vitória Imperial: Em sua visão, qual foi o maior erro da República brasileira até hoje?
Patrick Santos: O maior erro foi ter nascido de um golpe militar, sem apoio popular, e continuar sustentada em mentiras históricas. A república jamais se preocupou em unir o Brasil ou preservar seus valores. Pelo contrário, ela aprofundou as desigualdades, destruiu a educação cívica e sequestrou o espírito nacional. Ela quebrou a confiança do povo nas instituições.
Vitória Imperial: O que você considera o maior legado do período imperial brasileiro, algo que o país ainda não conseguiu resgatar?
Patrick Santos: O senso de responsabilidade pública e a visão de longo prazo. No Império, os governantes tinham um compromisso com o Brasil que ultrapassava interesses pessoais ou de curto prazo. Havia um projeto de país. Hoje, vivemos de improvisos e vaidades, sem compromisso real com o futuro.
Vitória Imperial: Você acredita que o Brasil atual tem maturidade para um debate sério sobre Monarquia ou ainda falta muito para esse despertar nacional?
Patrick Santos: Ainda falta muito, mas o terreno está sendo preparado. As redes sociais ajudaram a romper o bloqueio que a grande mídia impunha sobre o tema. Muitos brasileiros estão começando a questionar o fracasso da república e a buscar alternativas sérias. O despertar virá, mas exige persistência e educação.
Vitória Imperial: Como Secretário-Geral do Diretório Monárquico, qual foi a situação mais difícil que você enfrentou até agora em sua liderança?
Patrick Santos: A maior dificuldade tem sido lidar com a desunião e o amadorismo que ainda existem em parte do movimento monárquico. Muitos não entendem que sem estratégia, disciplina e sacrifício não se constrói nada sólido. Reunir pessoas com visões diferentes, mantendo o foco na causa e não nos egos, é um desafio diário.
Vitória Imperial: Você tem uma presença marcante nas redes sociais. Como você equilibra o tom firme das suas posições com o diálogo aberto e educativo nas suas postagens?
Patrick Santos: Eu sempre parto da verdade e da firmeza, mas procuro manter o tom respeitoso. Não estou ali para agradar ou me adaptar a modismos; estou para provocar reflexão e formar consciência. Quando você fala com clareza e base, naturalmente atrai quem busca algo mais sério, sem precisar ceder ao superficial.
Vitória Imperial: Seu trabalho literário e musical também carrega reflexões sobre o Brasil e o ser humano. Qual dessas áreas — política, literatura ou música — mais revela quem é o verdadeiro Patrick?
Patrick Santos: Todas revelam partes diferentes de mim. A política mostra meu lado racional, estrategista e combatente. A literatura expõe minhas reflexões mais profundas, meus dilemas e minhas feridas. A música revela minha alma, meus sentimentos mais íntimos e a forma como eu vejo o mundo com sensibilidade. Eu sou a junção de tudo isso.
Vitória Imperial: Qual é o maior medo que você carrega como líder e como homem?
Patrick Santos: Meu maior medo é que, apesar de todos os esforços, o Brasil permaneça aprisionado na mediocridade e continue ignorando sua verdadeira história. Como homem, meu medo é terminar a vida sem ver a semente que plantei florescer. Mas, mesmo que isso aconteça, seguirei plantando, porque meu dever não depende do resultado.
Vitória Imperial: Se pudesse conversar com D. Pedro II por uma tarde inteira, qual seria a primeira pergunta que você faria a ele?
Patrick Santos: Eu perguntaria: “Majestade, o que o senhor vê como o maior erro que cometeu, e o que o senhor teria feito diferente se pudesse voltar no tempo?” Tenho certeza que a resposta dele ensinaria muito a todos nós.
Vitória Imperial: Como você lida com o peso da responsabilidade de ser um símbolo para tantos jovens monarquistas que te acompanham?
Eu não vejo isso como um privilégio, muito menos como influencia para as pessoas, mas encaro como uma grande responsabilidade. Eu sei que minhas palavras e ações podem sim influenciar muita gente, por isso tenho sempre em mente que devo ser coerente e honesto, acima de tudo. Não posso brincar com essa confiança, nem me deixar levar pela vaidade. Cada vez que sinto o peso, me lembro que não estou fazendo isso por mim, mas pelo Brasil.
Chegamos ao fim desta entrevista enriquecedora com Patrick Santos, Secretário-Geral do Diretório Monárquico do Brasil. Agradecemos profundamente por sua generosidade em compartilhar reflexões tão sinceras, firmes e inspiradoras. Suas palavras deixam um importante convite à consciência histórica e à responsabilidade nacional.
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