Não seria necessário uma eleição para escolher o imperador e, assim, dar - lhe representatividade nacional?
Em 2024, a abdicação da Rainha Margarida II da Dinamarca e a consequente ascensão de seu filho, o Rei Frederico X da Dinamarca, mostraram o enorme consenso que há naquele país quanto à Casa de Glücksburgo.
Mas nunca houve eleição para que a Família Real Dinamarquesa subisse ao poder. Esta adquiriu e consolidou sua representatividade por um entendimento mútuo, lento e gradual com os dinamarqueses. De algum modo, a nação foi se formando, através dos séculos, pela Dinastia, e esta, por sua vez, também foi modelada psicologicamente pela nação.
Essa interpretação profunda é vista em toda a parte como elemento essencial do regime monárquico. E em países de tradição monárquica – como é, felizmente, o caso do Brasil –, ela não pode, do nada, ser trocada por um sistema de escolha que só republicanos ou pessoas profundamente influenciadas por preconceitos de origem republicana veem como exigência normal para a monarquia ser representativa.
Não há, pois, qualquer necessidade de eleição para Imperador no Brasil.


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