Qual a solução para as nações em dificuldades?
QUAL A SOLUÇÃO PARA AS NAÇÕES EM DIFICULDADES?
Sentado no fundo de um jardim exuberante situado atrás de uma grande mansão em pedra, o presidente da International Monarchist League - Liga Monarquista Internacional, o Conde Nikolai Tolstoi, olha o tempo que passa. Leslie Wayne vem interrogá-lo sobre o ressurgimento do monarquismo nos dias de hoje, que lhe diz naturalmente: "a maioria das pessoas acham que a monarquia é apenas decorativa, temperada, com a sua cabeça apenas algumas personalidades que fazem a notícia. Não há nada mais falso do que isso. Eles não apreciam as razões ideológicas importantes que valorizam uma monarquia."
Para este Príncipe, que possui a dupla nacionalidade russa e britânica, só temos de ver os balanços dos países governados por reis ou rainhas. "Agem como forças unificadoras e continuam a ser um símbolo poderoso para os povos que dirigem. O sistema monárquico está acima do espírito partidário dos políticos e os países que os mantêm são geralmente mais estáveis e mais ricos". Melhor prova para isso é o que mostra um recente estudo dirigido pelo Professor de Gestão, Mauro F. Guillén, da Universidade da Pensilvânia que provou "sólida e quantitativamente significativas que as monarquias superam outras formas de governo".
Longe de ser um sistema anacrônico, o estudo afirma que "as monarquias são surpreendentemente espalhadas em todo o mundo e oferecem uma estabilidade que muitas vezes traduz um balanço econômico frutuoso a este sistema institucional, permitindo (entre outros) proteger o direito à propriedade e controlar melhor os possíveis abusos de poderes pelos respectivos representantes".
E qual o objetivo da Liga Monarquista Internacional? Fundada em 1943, baluarte contra o comunismo, a organização pretende contribuir para a restauração das monarquias no mundo, algumas das quais foram reversas no sangue que os governos hoje a descrevem como "símbolos de repressão conservadora e gananciosos".
Para o Conde Tolstoi, é hora de acabar com essas caricaturas. Ele diz em alto e bom tom, os monarquistas de hoje não são uma monarquia absoluta, mas aceitaram na sua maioria, a sua evolução para algo mais constitucional.
Segundo o estudo, acreditar que há menos monarquias está errado. Desde 1900, Mauro F. Guillén afirma que, se 22 países têm as suas monarquias, outras 35 caminham para o desenvolvimento de economias poderosas como a da Tailândia ou da Malásia. E se o estudo não exclui certas monarquias que carecem cruelmente de liberdades democráticas fundamentais, como no Brunei, em Omã, no Qatar, na Arábia Saudita e na Suazilândia, no entanto, faz notar que estes países monárquicos, por exemplo, não sofreram o golpe desastroso da "Primavera Árabe", como o Marrocos, a Jordânia ou ainda os Estados do Golfo".
E se alguns tentam estabelecer repúblicas como o movimento de Graham Smith no Reino Unido, que sustenta "que as monarquias vão contra o sentido geral da história", o Conde Tolstoi prefere ironizar dizendo que é uma monarquia que seria necessária nos Estados Unidos. Além disso, no último ano, foi criado nesta antiga colônia britânica, um "centro de estudos das monarquias, a sua governação tradicional e a sua soberania" sob o patrocínio de Ardeshir Zahedi (membro da Família dos Pahlavi) e do Presidente do Conselho da Coroa Imperial da Etiópia, o príncipe Ermias Selassie.
E sobre os grupos de pressão a favor da monarquia, o Conde Tolstoi admite que também existe no Congresso Americano. Recentemente com o Irã, ele cita também este antigo diplomata, Thomas R. Hudson que tentou convencer o governo do seu país de apoiar a restauração da monarquia na Sérvia.
Monarquia, uma solução? Naturalmente, responde tudo sorrindo o conde, que conclui a entrevista com malícia: "há estilo, mistério e um caráter sagrado em um monarca que não se encontra entre os presidentes que vão e vêm. Em reis e rainhas, há uma verdadeira continuidade! Com uma monarquia, é inegável, vamos no sentido da grande história".
Página: Instituto Monárquico Brasileiro
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