Nepaleses pela monarquia - Vitória Imperial

Nepaleses pela monarquia

 NEPALESES PELA MONARQUIA


Ontem, como havíamos informado semanas atrás, milhares de monarquistas se manifestaram nas ruas de Katmandu, no "dia da República", capital do Nepal. Uma demonstração de força que foi possível graças à formação de uma nova coalizão de movimentos monarquistas. Partidos que conseguiram silenciar suas divisões sob o olhar de Sua Majestade o Rei Gyanendra Shah.

Contrariando todas as expectativas, não houve nenhum confronto com a oposição marxista-leninista e comunista, que organizou sua própria manifestação para defender a república federal e laica. O governo do primeiro-ministro KP Sharma Oli havia mobilizado um importante dispositivo de segurança.

No momento em que se fala cada vez mais sobre o retorno do Rei Gyanendra Shah ao seu trono - pela terceira vez em sua vida - foi proposta uma solução de transição que poderia alcançar um consenso: a coroação de seu neto Sua Alteza o Príncipe Hridayendra Shah, de 21 anos. Uma proposta semelhante já havia sido feita em 2007 nesse sentido, um ano antes da queda da instituição real, mas o Rei Gyanendra Shah recusou, não querendo ver uma criança sequestrada por partidos políticos. Uma experiência que o traumatizou na década de 50.

As manifestações continuam hoje na capital nepalesa. Os monarquistas prometeram intensificar sua campanha e se reunir regularmente, colocando o governo comunista sob pressão. Em resposta, o primeiro-ministro afirmou que não hesitaria em restringir e censurar as atividades dos partidos monarquistas para proteger a república "de um sistema arcaico que nunca voltará" disse o Primeiro-Ministro.

Embora sejam apenas a quinta força política representada no Parlamento, os monarquistas nepaleses já tentaram duas vezes tomar posse do Parlamento e da presidência. Eles até foram integrados a governos de coalizão e nomeados para cargos importantes, como a vice-presidência ou o ministério das Relações Exteriores.

Segundo várias fontes, a Índia vizinha pode estar ajudando nas sombras os monarquistas para contrabalançar a crescente influência da China nesta parte do Himalaia.

Por: Patrick Santos
Editor - Chefe do Instituto Monárquico Brasileiro
Colunista do Vitória Imperial

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