Lento e constante, monarquia segue crescendo
Um levantamento comparativo entre o referendo constitucional de 1993 e pesquisas recentes revela um crescimento modesto, porém constante, no apoio à restauração da monarquia no Brasil. Há mais de três décadas, quando os brasileiros foram às urnas para definir a forma de governo, a monarquia constitucional angariou cerca de 10% dos votos.
Dados posteriores, como uma pesquisa realizada em 2017, indicaram um ligeiro aumento nesse percentual, atingindo 10,7%. Embora o incremento possa parecer pequeno, analistas apontam para a resiliência da ideia monárquica em um cenário político republicano marcado por instabilidades.
Além dos números, observa-se uma crescente organização do movimento monárquico, impulsionada principalmente pela atuação online e pela maior exposição da Casa Imperial. Debates e entrevistas com membros da família real têm buscado apresentar as vantagens de uma monarquia constitucional, como a figura de um chefe de Estado neutro e vitalício, capaz de promover maior estabilidade política e unidade nacional.
A comparação entre o resultado do plebiscito de 1993 e o panorama atual sugere que, embora a república continue sendo a forma de governo majoritária, uma parcela consistente da população brasileira demonstra interesse na monarquia. O lento, mas contínuo crescimento do apoio indica que a discussão sobre uma possível restauração, mesmo que a longo prazo, permanece relevante no debate político nacional.
Enquanto a república segue seu curso, o movimento monárquico busca consolidar seu espaço, argumentando sobre os benefícios de um sistema que, para seus defensores, poderia trazer mais estabilidade e representatividade simbólica ao país. O futuro dirá se essa tendência de crescimento se manterá e qual o impacto que poderá ter no cenário político brasileiro, mas lembramos, depende exclusivamente de nós!
Por: Patrick Santos
Instituto Monárquico Brasileiro
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