Operação na Cidade de Deus tem ônibus sequestrado e barricadas em chamas

 

A ação tem o objetivo de reprimir o roubo de veículos na região



Barricadas em chamas na Cidade de Deus
Reprodução/BDRJ
Rio - A Polícia Militar realiza uma operação na Cidade de Deus, Zona Oeste, na manhã desta quarta-feira (17). Na ação, um ônibus foi sequestrado por bandidos e usado para dificultar a entrada dos agentes na comunidade. Além disso, outras barricadas foram incendiadas.
Ainda segundo a corporação, atuam na região agentes do 18°BPM (Jacarepaguá) com apoio de unidades do 2°CPA ( Comando de Policiamento de Área), e do Grupamento Especial de Salvamento e Ações de Resgate (GESAR).
O objetivo da ação é reprimir roubos de veículos e coibir as tentativas de expansão do domínio territorial da facção que promove a maior parte dos conflitos armados na capital e no interior do estado do Rio. Até o momento, não há registro de prisões ou apreensões. 
A região vive uma disputa por territórios travada por traficantes e milicianos. Sob forte influência de grupos paramilitares, a comunidade têm sido palco de invasões do Comando Vermelho (CV), que pretende expandir pontos de venda de drogas pela cidade.
Procurada, a Rio Ônibus informou que nos últimos 12 meses, 143 veículos já foram sequestrados e usados como barricadas. Em nota, a empresa reforçou que repudia mais um episódio de violência e reforça seu pedido ao Poder Público para que garanta segurança ao transporte público do Rio.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários do Rio, a violência já afastou mais de 200 motorista da profissão. Para o presidente da instituição Sebastião José, os motoristas não suportam mais a insegurança que atinge a categoria diariamente. "Já não bastasse o elevado número de assaltos nos coletivos, eles convivem agora com os sequestros dos ônibus por marginais para serem usados como barricadas", diz.
Além do fator de segurança, o presidente reforça que o profissional é atingido principalmente no lado psicológico. "Normalmente eles informam a empresa o desejo de mudar de linha e em seguida procuram a direção do Sindicato dos Rodoviários para comunicarem as agressões sofridas. Muitos também pedem para que possamos interceder junto as empresas para trocarem de linha e até realizar acordos para serem demitidos", finalizou o presidente.

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