DOM PEDRO II O PAI DA NAÇÃO
Publicado originalmente no jornal Tribuna de Itararé em 04/03/2016
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Na coluna anterior terminei um breve relato sobre alguns dos genocídios que foram cometidos nos primeiros anos da república e prometendo contar como era a relação de D. Pedro II com os brasileiros.
Como eu disse semana passada; a república despertou os sentimentos mais selvagens e perversos dos brasileiros.
Algo que estava coibido pela presença do imperador. Não porque este fosse um ditador cruel, mas porque o povo o amava e respeitava.
Esse amor foi conquistado pelas atitudes de D. Pedro II durante seu reinado.
Por toda sua vida protegeu o povo, praticou o bem. Vigiou os homens públicos para que se mantivessem na linha. Exigiu de seus ministros honestidade e competência.
D. Pedro II e sua família |
Sempre tratava as pessoas com bondade e respeito, e sempre tinha uma palavra amável para qualquer um que dele viesse à necessitar.
O imperador concedia audiências públicas uma vez por semana, para qualquer brasileiro que com ele quisesse falar.
Todo brasileiro sabia que podia apelar ao imperador em caso de injustiça ou em caso de má conduta de um funcionário público, político ou juiz.
Vitória de D.Pedro II na Questão Christie |
Eu lhes pergunto: Nos dias de hoje, no Brasil do século XXI, para quem nós brasileiros podemos pedir ajuda?
Para quem podemos recorrer? Quando um prefeito age mal, quando um presidente rouba e corrompe nosso país, quem pode nos proteger?
Quando os professores, nossos mestres, são menosprezados, quando o governo não lhes atende com um salário digno, para quem podem recorrer?
A resposta todos sabemos. Para ninguém. Nós brasileiros, estamos à mercê dos políticos e dos juízes.
Na época do império não era assim. Todo político temia o imperador e sabia que se praticasse más ações, sua carreira estava com os dias contados.
Numa monarquia as coisas funcionam porque um rei não precisa se vender para se eleger. Ele já tem direito ao poder desde o nascimento.
Deste modo não tem o rabo preso com nenhum partido ou grupo econômico. E não tem a obrigação de atender aos interesses de nenhuma facção.
Por isso um rei consegue ser imparcial e decidir o que é melhor para seu povo.
E nosso D. Pedro II conseguia exercitar com maestria a sua obrigação de proteger aos brasileiros.
O Imperador viajava por todo império, visitando as cidades, as vilas, interagindo com o povo, conhecendo suas mazelas e agindo para solucioná-las.
Pedro II na Bahia.1859 |
Levava junto consigo um caderno preto, no qual sempre anotava o nome de um político local, ou funcionário público que por ventura praticasse maus feitos.
O homem que tivesse seu nome anotado nesse caderno, nunca mais ascenderia em sua carreira. As portas do império lhe estariam fechadas para sempre.
Assim desta maneira os serviços públicos no Brasil durante império, funcionavam muito melhor do que os de hoje. E a política tinha muito menos corrupção do que agora.
Foi nessa época que surgiu a expressão: “Você está em minha caderneta”. Quando dizemos que a punição vai chegar para alguém que nos prejudicou.
Por essas atitudes de atender o povo em seu palácio, por viajar pelo Brasil, cuidando dos brasileiros, D. Pedro II era chamado de o Pai na Nação.
Era raro o dia que o imperador não saía para visitar (continua...)
Referências:
XAVIER, Leopoldo Bibiano. Revivendo o Brasil Império. São Paulo: Artpress, 1991
SANTOS, Armando Alexandre dos. Parlamentarismo sim! Mas à brasileira. São Paulo: Artpress, 1992