A RELÍQUIA DO LIBERTADOR
Achei até dispensável, justamente pelos riscos envolvidos, tirar um Coração Embalsamado de onde esteve guardado nos últimos 187 anos (Igreja de N.S. da Lapa na cidade do Porto), local que acolheu nosso Imperador Dom Pedro I (IV em Portugal) depois de ter liderado a Independência do Brasil (1822), abdicado em favor do seu filho de 5 anos de idade Dom Pedro II (1831), voltando à sua nação de nascimento para livrá-la da tirania do seu irmão Miguel, fazendo de sua filha D. Maria da Glória, a Rainha Maria II de Portugal (1833), quando faleceu.
Ou seja, um coração heróico que só viveu fortes emoções, inclusive batendo forte no peito do ainda garoto que, com sua família, deixou as tropas napoleônicas “a ver navios” (1807).
Mas isso não deveria incomodar ninguém, antes pelo contrário. É o momento de Celebração do nosso Bicentenário, extremamente simbólico por trazer a “relíquia” do homem que elevou o Brasil à um Império, reduziu seus próprios poderes, nos dando o Parlamentarismo Monárquico com Poder Moderador, a Constituição mais liberal à época (1824), feita de próprio punho contrariando os interesses de um parlamento ainda de maioria portuguesa. Deu-nos como nosso 1º primeiro-ministro, nada menos que o Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva, um homem que reunia um currículo tão vasto e elevado quanto à somatória de todos os Pais Fundadores americanos. Além de ter deixado seu melhor presente, seu filho Dom Pedro II, a quem deveríamos considerar “O Maior Brasileiro de Todos os Tempos” (importante que conheçamos cada vez mais seus exemplos e sua história também).
Que nesses 200 anos de Brasil Independente, com nosso bom humor, mas sem faltar com respeito, inclusive próprio, possamos compreender a importância do nosso passado, da nossa história, e da nossa missão como brasileiros que somos.
Só assim seremos merecedores do melhor que nos foi destinado por Deus.
Deus, Pátria, Família e Liberdade!
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