Francisco de Paula Brito (1809-1861) foi um destacado jornalista, escritor, poeta, dramaturgo e tradutor no Brasil do Século XIX.

 Francisco de Paula Brito (1809-1861) foi um destacado jornalista, escritor, poeta, dramaturgo e tradutor no Brasil do Século XIX.



De família humilde, filho e neto de escravos libertos, seu pai foi o carpinteiro Jacinto Antunes Duarte e sua mãe a lavadeira Maria Joaquina da Conceição Brito. Aprendeu a ler com sua irmã.D. Anna Angelica das Chagas. Morou em Magé dos seis aos quinze anos, voltando à sua cidade natal, o Rio de Janeiro, em 1824, ao lado do avô, o sargento-mor Martinho Pereira de Brito.

Foi ajudante de farmácia, aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional e, posteriormente, trabalhou no Jornal do Comercio, como diretor das prensas, redator, tradutor e contista. Em 1830, casou-se com Rufina Rodrigues da Costa.

Começou a sua carreira, atuando, em 1829, nas oficinas de Seignot Plancher, o fundador do Jornal do Comércio. Em 1831, após o período de experiência como aprendiz na Tipografia Nacional, instala a sua própria oficina gráfica. Por este feito, Oswaldo de Camargo destaca Paula Brito como o “iniciador do movimento editorial no Brasil".

Trabalhou em diversas tipografias e fundou a "Sociedade Petalógica", que teve como membro ilustre o então jovem escritor Machado de Assis. O poema “Ela” (1855), a tradução "Queda que as mulheres têm para os tolos" (1861) e a peça "Desencantos" (1861) foram os primeiros trabalhos de Machado de Assis e que contaram como o decisivo apoio de Paula Brito para as suas publicações.

Foi ativista político e o primeiro a inserir no debate político brasileiro a questão racial. Em sua tipografia foram impressas obras como “O Mulato“ e o jornal “O Homem de Cor”, colocando-o como precursor da imprensa negra brasileira.

Foi nos fundos da casa de Paula Brito que nasceu a Petalógica, uma espécie de clube “litero-humorístico” que introduziu o movimento romântico na literatura Brasileira.
Sua ascenção no mundo dos negócios foi rápida, sendo a maioria dos funcionários de sua Tipografia, Africanos livres resgatados dos navios negreiros Ilegais.

Diante do sucesso, Paula Brito decidiu ampliar a tipografia transformando-a na Empresa Tipográfica "Dois de Dezembro", cujas ações começaram a ser vendidas no final de 1850, sob o beneplácito do Imperador Dom Pedro II, que concedeu-lhe o título de Impressor da Casa Imperial, com direito a ostentar as armas do Império na fachada da loja e em suas publicações. Dois de dezembro era a data do aniversário de d. Pedro II e também de Paula Brito, dezesseis anos mais velho que o Imperador. Foi na Tipografia de Paula Brito que o impresso uma edição especial para o Imperador da obra romântica "A Confederação dos Tamoios" de Gonçalves Dias.

Paula Brito porém faleceu jovem aos 51 anos de idade em 1861. Fonte: O NETO DE ESCRAVOS QUE FOI UM DOS MAIORES EDITORES DO BRASIL IMPERIAL. Rodrigo Godoi.

Fonte: Página no Facebook Monarquia Constitucional Do Brazil

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