"A Amazônia é nossa e só nossa !"
Neste ano, de modo particular, a Amazônia se tornou o centro das atenções de todo o mundo. Constantemente estudada e alvo de interesses diversos, devido à sua riqueza natural e importância ecológica, vem enfrentando debates a nível global nos campos da diplomacia, da ecologia, da sociologia e até mesmo da religião. Dentre os eventos recentes destacamos o episódio das queimadas, alegadamente ocorridas no bioma amazônico, que teriam coberto uma tarde paulistana de densa fumaça negra, despertando a indignação de líderes internacionais, como o presidente francês Emmanuel Macron, que chegou a designar a Amazônia como um “bem comum” e, sobretudo, o Sínodo da Amazônia, convocado pelo Papa para discutir especificidades pastorais da região.
Contrapondo a afirmação de Macron, com a qual se alinham tantos outros, muitos dos quais também creem ser a floresta amazônica o “pulmão do mundo” – outra inverdade enraizada na mente de alguns –, determina nossa Constituição, em seu artigo 225, consagrado ao direito ambiental, que trata-se de “patrimônio nacional”, cuja utilização se regula por lei, assegurando a preservação do meio ambiente. Isto é, o mandamento constitucional reafirma nossa soberania sobre a chamada “Amazônia Legal” – que compreende a totalidade dos estados da região Norte, na qual se inclui uma parte do Maranhão e o Mato Grosso –, não deixando margem para que Estados estrangeiros se arroguem qualquer direito de imiscuir-se no que é próprio dela, menos ainda que exerçam sobre ela sua autoridade sob o falso pretexto de que seja patrimônio comum da humanidade.
Nem mesmo o clero da Santa Madre Igreja, a quem, por mandato divino, compete tudo quanto se refere à fé e à moral, tem a capacidade técnica ou a legitimidade para introduzir-se em discussões internas de proteção ambiental. Tal regulamentação é uma prerrogativa do Estado soberano e foge do campo religioso.
Diante de cenário tão complexo, a tendência mundial parece ser a de garantir a maior preservação do meio ambiente, a ponto de fazê-lo intocável ou ao menos usufruir dele o menos possível. A mata intacta parece ser mais desejável que o desenvolvimento de um povo, o qual carece de saneamento básico, estrutura, educação e atendimento médico. Se há um sem número de organizações empenhadas em proteger reservas e manter as tribos no estado em que se encontram, há também a grande maioria de índios que anseiam por ter acesso aos avanços da tecnologia e mesmo àquilo que para nós é básico e indispensável.
Como não poderia ser diferente, o Príncipe Imperial D. Bertrand de Orleans e Bragança tem sido requisitado para palestrar sobre o assunto, tanto em nosso país como no exterior. Reconhecida autoridade no que diz respeito a questões ambientais, publicou, anos atrás, o livro sucesso de vendas “Psicose Ambientalista – Os bastidores do ecoterrorismo para implantar uma ‘religião’ ecológica, igualitária e anticristã”, alertando para interesses escusos de caráter econômico e ideológico sobre o “apocalíptico” aquecimento global, desmitificando esse dogma da agenda global e introduzindo boas doses de prudência a partir de entrevistas com especialistas e dados surpreendentes. Amparado no Direito Natural e nos fatos, Sua Alteza, há tempos, vem trabalhando no sentido de afastar as falsas premissas pseudocientíficas que povoam o imaginário comum, apontando para a realidade escondida sob os discursos mentirosos tão repetidos em escala mundial.
Em primeiro lugar, com grande prestígio, D. Bertrand palestrou em Roma no dia 5 de outubro, em um simpósio que precedeu o Sínodo da Amazônia, para uma ilustre plateia composta por um cardeal, princesas, indígenas, cientistas, estudiosos, autoridades e demais interessados. Sem dúvida, o evento, organizado pelo IPCO (Instituto Plínio Corrêa de Oliveira), do qual é membro-fundador, serviu para desanuviar as mentes de tantos e tantos estrangeiros que, crendo em informações incompatíveis com a realidade e fortemente vinculadas a interesses outros, finalmente puderam compreender o que se passa.
Logo no fim de semana seguinte, no dia 12 de outubro, já em São Paulo, no CPAC 2019 (Conferência de Ação Política Conservadora), novamente D. Bertrand discorreu sobre a questão, desta vez para os brasileiros, ao lado de ministros de Estado, políticos e figuras de relevância nacional e internacional. Não apenas os presentes, mas grande público teve a oportunidade de assisti-lo ao vivo graças à transmissão pela internet. Ao final de sua fala, vale registrar, foi ovacionado pelos presentes.
Em seu discurso, com a segurança e a eloquência costumeiras, o Príncipe apresentou a realidade amazônica, tanto em seu aspecto ecológico quanto humano, no que se refere às diferentes comunidades indígenas que habitam a região. Resultado de anos debruçando-se sobre os assuntos concernentes ao meio ambiente brasileiro, construído a partir de estudos, consulta a dados de fontes confiáveis, conversas e entrevistas com especialistas. A partir disso foi capaz de apontar, com precisão, os perigos que nos apresentam os duvidosos interesses de organizações internacionais e Estados estrangeiros pela preservação ambiental, máscara que esconde ameaças à nossa soberania.
Por sua posição destacada na Casa Imperial e motivado por um patriotismo sincero, consciente de seus deveres principescos e da obrigação de se fazer sempre que possível útil ao Estado brasileiro, Sua Alteza mostra-se irredutível e incansável na defesa de nossa soberania. Além disso visa à proteção do patrimônio e interesses nacionais. Com uma privilegiada rede de contatos e extensa agenda de compromissos, tanto aqui como no exterior, age para que se realize o que for mais benéfico para o Brasil.
Ora, se o Imperador é o Chefe Supremo e o Primeiro Representante da Nação, cabe à Família Imperial, e de modo particular ao Príncipe Imperial, auxiliá-lo nessa tão elevada e difícil missão. Exatamente assim atua D. Bertrand, seguindo as orientações de seu irmão mais velho, o Príncipe D. Luiz, Chefe da Casa Imperial, em cumprimento a um elevado número de atividades, de maneira incansável.
Na questão amazônica, a Família Imperial prova mais uma vez seu interesse pelo bem da Nação. Quer esteja reinando, quer alijada do poder, demonstra tamanha preocupação e comprometimento com o Brasil que, como em outros momentos da História, com os olhos fixados nas próximas gerações e no desenvolvimento, movimenta-se para que sejam preservadas nossa soberania e unidade, conquistadas no período Imperial, bem como para que caminhemos para mais perto do bem comum.
Por fim, junto ao Príncipe, repetimos: “A Amazônia é nossa e só nossa!” Se a Divina Providência nos concedeu essa “joia”, como a denomina ele próprio, temos o dever de protegê-la e usufruir racionalmente dos benefícios que ela nos oferece.
Por Arthur Lage*
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