Ex-prefeito é preso por desvio de recursos destinados à construção de cisternas no Piauí
Um ex-prefeito da cidade de Dom Inocêncio, no Sul do Piauí, foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Pastor deflagrada manhã desta quarta –feira (21). Segundo o procurador da República Patrício Noé da Fonseca, o ex-gestor é suspeito de desviar recursos do governo federal que seriam destinados à implantação de cisternas no semiárido piauiense e para reforma e aquisição de transportes escolares.
O procurador Patrício Noé disse considerar o ex-prefeito o chefe da ação criminosa que atuava há pelo menos 10 anos, desviando recursos nos municípios de Dom Inocêncio e São Raimundo Nonato.
O procurador Patrício Noé disse considerar o ex-prefeito o chefe da ação criminosa que atuava há pelo menos 10 anos, desviando recursos nos municípios de Dom Inocêncio e São Raimundo Nonato.
“O ex-prefeito é líder do bando porque mesmo fora da prefeitura era responsável por ir atrás de convênios e assinar documentos de prestação de contas de obras não executadas. Através de interceptações telefônicas foi possível verificar estas negociações fraudulentas”, detalhou.
O delegado Carlos Alberto, da PF, destacou os prejuízos causados à população em consequência dos desvios. "O valor é substancial para um município pobre do sertão. Recursos que deixaram de ser aplicados na construção de creches, cisternas. Muito mais que o prejuízo financeiro, tem o social. Durante muito tempo as pessoas deixaram de ter serviços básicos de educação e saúde para que pessoas responsáveis por administrar o município enriquecessem criminosamente", declarou.
Além do ex-prefeito, foi preso um empresário dono de uma construtora que atuava nas fraudes. O procurador destacou que a atuação ocorria em mais 15 municípios do Piauí e o grupo preparava um esquema para expandir os crimes para a Bahia e Pernambuco.
Segundo a PF, durante a operação foram cumpridos um total de 27 mandados, entre prisão preventiva e temporária, condução coercitiva e de busca e apreensão nas cidades de Teresina, Dom Inocêncio, São Raimundo Nonato e também em Brasília.
A fraude foi descoberta após analise de documentos porque, conforme o procurador, a quadrilha falsificava a prestações de contas com objetivo de desviar os recursos.
"A quadrilha atuava em municípios daquela microrregião e de outros estados. As investigações continuam com o objetivo desarticular o bando criminoso", ressaltou o procurador.
Fonte: g1pi
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